República do Congo registra pelo menos 17 mortes pelo vírus ebola

A República Democrática do Congo (RDC) informou nesta terça-feira (8) que foram registradas na região de Bikoro, no noroeste do país, pelo menos 17 mortes de pessoas com aparentes sintomas do vírus do ebola.

As autoridades locais notificaram o governo central no último dia 3 de maio que foram detectados "21 casos de febre com sinais hemorrágicos e 17 mortos", afirmou o Ministério de Saúde da RDC em comunicado.

"Nosso país enfrenta uma nova epidemia da doença do vírus do ebola que constitui uma urgência sanitária pública de impacto internacional", acrescentou o Ministério da Saúde, após confirmar anteriormente dois casos positivos do vírus.

De cinco casos analisados, dois deram positivo nos exames realizados no Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica em Kinshasa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando estreitamente com o governo congolês para mobilizar pessoal e recursos a fim de fazer frente ao surto, segundo indicou o organismo em comunicado divulgado na capital do país.

"Nossa máxima prioridade é ir a Bikoro para trabalhar com o governo da República Democrática do Congo e parceiros para reduzir a perda de vidas e o sofrimento relacionado com este novo surto do vírus do ebola", afirmou o subdiretor-general da OMS para Preparação e Resposta de Emergências, Peter Salama.

"Trabalhar com nossos parceiros e responder em breve e de forma coordenada será vital para conter esta doença letal", ressaltou Salama.

Trata-se, segundo a OMS, do nono surto de ebola que atinge a República Democrática do Congo desde que o vírus foi descoberto neste país em 1976.

A doença - que é transmitida por contato direto com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infectados - causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%.