Chefe pró-russo em Zaporizhia morre em explosão de seu carro

Autoridades russas culpam a Ucrânia pelo atentado

Publicado em 24/08/2022 - 11:54 Por RTP - Kiev

O chefe pró-russo da administração da cidade ucraniana de Mikhailovka, na região de Zaporizhia, Ivan Sushko, morreu hoje (24) quando um artefato explodiu em seu carro. As informações são de autoridades russas na região.

"O dia 24 de agosto de 2022 ficará na história de Mikhailovka e de toda a região de Zaporizhia como uma data trágica. Neste dia, Ivan Sushko morreu como resultado de uma explosão deliberada de seu veículo pelos terroristas do [presidente ucraniano, Volodymyr] Zelensky", escreveu Vladimir Rogov, membro do conselho pró-Rússia da província ucraniana, em sua conta da rede social Telegram.

De acordo com membros do conselho provincial nomeados pelo Kremlin, câmaras de vigilância capturaram o momento da explosão do carro, em que Sushko viajava com a filha adotiva, quando a levava para a creche.

"Felizmente a menina sobreviveu e não ficou gravemente ferida", acrescentou Rogov.

O porta-voz da administração região de Zaporizhia disse que Sushko era um "patriota devoto de sua terra natal e acreditava no futuro, ao lado da Rússia".

"Este jovem foi um dos primeiros a juntar-se a nós na luta contra o fascismo, contra o nacionalismo ucraniano. Infelizmente, os terroristas apanharam-no, colocando um explosivo debaixo do seu carro", disse Yevgeni Balitski, membro da administração regional nomeada pela Rússia.

"Os inimigos que hoje agem contra o povo da Ucrânia, contra os habitantes da região libertada de Zaporizhia serão encontrados e punidos", prometeu Balitski.

Guerra

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia já causou a fuga de quase 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela comunidade internacional em geral, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição de sanções à Rússia em todos os setores.

Na guerra, que já dura 181 dias, a ONU confirma 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos ao final do conflito.

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