Israel ataca alvos na Síria após alerta aéreo nas Colinas de Golã

Exército teria reagido a ofensiva de fações ligadas ao Hezbollah

Publicado em 14/10/2023 - 19:34 Por Agência Lusa - Lisboa

O Exército de Israel anunciou neste sábado (14) que atacou alvos na Síria após terem soado alertas aéreos na parte das Colinas de Golã, território anexado por Israel em 1967. "Na sequência de um primeiro relato de sirenes que soaram nas comunidades de Avnei Eitan e Alma, a artilharia [israelense] está atualmente a atacar a origem dos disparos na Síria", declarou o Exército em comunicado.

Segundo fontes de ambos os lados da fronteira entre a Síria e Israel, grupos armados presentes na província meridional síria de Deraa lançaram hoje pelo menos um "rocket" para o território de Israel, que respondeu com artilharia e morteiros, no segundo incidente deste tipo ocorrido nos últimos três dias.

O Exército israelense disse que dois projéteis "lançados a partir da Síria" caíram numa zona despovoada do território israelense e anunciou que as suas forças dispararam pouco depois artilharia e morteiros sobre as zonas onde teve origem o ataque.

O Exército indicou igualmente que analisa a possibilidade de uma incursão aérea a partir do Líbano.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o lançamento do "rocket" foi feito da área de Ain Dakar, em Deraa, e atribuiu a sua autoria a "fações palestina que trabalham com o Hezbollah", grupo xiita libanês apoiado pelo Irã que está presente no território sírio.

Israel encontra-se em alerta máximo nas suas fronteiras do norte desde 07 de outubro, quando combatentes palestinos do Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras 150, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas - segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelense.

Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo Hezbollah e pelo ramo palestino da Jihad Islâmica.

A forte retaliação israelense matou até agora mais de 2.200 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, na Faixa de Gaza, um enclave palestino pobre que desde 2007 é controlado pelo Hamas.

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