Saúde cria meta para reduzir em 25% o índice de mortalidade materna
A taxa de mortalidade materna tem aumentado consideravelmente nos últimos anos no Brasil, principalmente entre mulheres negras.
Dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que, em 2022, houve de 110 mortes de mulheres pretas a cada 100 mil bebês nascidos vivos.
O número é o quase o dobro das mortes de mulheres não pretas, que somam 57 óbitos nesse mesmo recorte.
Segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro, do Conselho Federal de Enfermagem, a taxa mais recente se equipara ao índice de 1998. Países desenvolvidos registram cerca de 10 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos. Em nota, o Ministério da Saúde informou que definiu metas para reduzir, até 2027, em 25% o índice de mortalidade materna e 50% entre mulheres pretas.
Além disso, até 2030, o governo brasileiro pretende atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável pactuado junto às Nações Unidas de ter até 30 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos.
Para isso, em setembro deste ano lançou a Rede Alyne, para reduzir a mortalidade materna e infantil, com foco nas desigualdades raciais e regionais.
Entre as medidas do programa estão o acesso a cuidados de saúde reprodutiva, garantir atenção humanizada para gestantes e fortalecer a rede de cuidados obstétricos neonatais.
O Ministério informa ainda que apoia iniciativas para enfrentar o racismo estrutural e incluir a população negra, indígena e quilombola com ações afirmativas, através do programa 'Saúde sem Racismo', de enfrentamento às desigualdades raciais em políticas, programas e no acesso ao SUS.