Após pedido da FGF, governador diz que acha difícil volta imediata de campeonato gaúcho de futebol
Os clubes mais populares do Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional, voltaram a treinar nesta semana adotando medidas de segurança para evitar o contágio do novo coronavírus entre atletas e funcionários. O campeonato estadual segue suspenso, mas a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) deu um passo na tentativa da retomada da competição, que está paralisada por tempo indeterminado desde o dia 16 de março.
O presidente da entidade, Luciano Hocsman, se reuniu no Palácio Piratini com o governador Eduardo Leite e apresentou um documento com diretrizes de segurança sanitária elaborado pela FGF. Após o encontro, o chefe do Executivo estadual prometeu analisá-lo, mas acredita ser difícil a sua implementação neste momento.
“Vamos avaliar estes protocolos sugeridos pela federação e considerá-los no próximo decreto que vem até a próxima sexta. Qual é o grande desafio? É que o campeonato estadual, como acontece em todo o estado, precisa de uma regra uniforme no território e o protocolo não vai pela uniformidade, mas pela regionalidade, ou seja, cada região vai ter uma bandeira, e cada uma poderá ter que, consequentemente, obedecer, em uma semana, regras mais rigorosas que uma outra região. O que poderá significar que o campeonato teria que, eventualmente, em uma região, seguir um protocolo diferente da outra, e isso gera uma desigualdade, uma falta de uniformidade, o que pode comprometer as condições de se fazer a competição”.
Eduardo Leite ainda explicou que, caso o campeonato seja liberado para reiniciar, duraria aproximadamente dois meses para ser concluído, tempo considerado longo, tendo em vista que restam poucas partidas para encerrar a competição.
“Levaria, talvez, até 2 meses para ser concluído, entre o tempo preparatório de remobilização, os treinos e o período necessário para os jogos”.
Mesmo que seja autorizada a disputa das partidas, o governador descarta a possibilidade da presença público.