Em tempos de pandemia, atletas com deficiência visual adaptam treinamentos à rotina dentro de casa

Preparação na quarentena

Publicado em 30/06/2020 - 08:20 Por Lincoln Chaves - São Paulo

Com a flexibilização da quarentena na cidade de São Paulo, em meio à pandemia do novo coronavírus, o Centro de Treinamento Paralímpico foi autorizado a reabrir, com restrições, a partir de 1º de julho. No primeiro momento, atletas medalhistas em Paralimpíadas ou Mundiais do ano passado, nas modalidades atletismo, natação e tênis de mesa, é que poderão reiniciar as atividades no local - inclusive aqueles de atletismo e natação com deficiência visual.

 

O protocolo definido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), porém, indica que os esportes específicos para quem tem a visão comprometida estão entre os de alto risco de contágio, devido à necessidade natural de contato. Ou seja: o retorno desses atletas ao CT será em outra etapa. Enquanto isso, eles se empenham dentro de casa. Como faz a judoca Lúcia Teixeira, que tem baixa visão por conta de uma toxoplasmose congênita, e foi medalhista de prata nas últimas duas Paralimpíadas.

 

Lúcia mora em São Paulo, onde as academias não estão autorizadas a reabrir pelo Governo do Estado. No Rio Grande do Sul, até outro dia, elas estavam abertas - com restrições. E o craque do futebol de cinco Ricardinho, que teve descolamento de retina e perdeu completamente a visão aos oito anos, chegou a ter o "gostinho" de treinar fora de casa. A "mordomia", porém, terminou na última semana, quando o aumento de casos de Covid-19 no território gaúcho obrigou o tricampeão paralímpico a voltar a se exercitar apenas no lar.

 

Se a quarentena limita as atividades esportivas, também permite que os atletas curtam o que nem sempre dá em meio a treinos e campeonatos. Ricardinho, por exemplo, utiliza o tempo livre acompanhado de um chimarrão, um violão e de parceiros caninos. Já Lúcia concilia os treinos com uma nova rotina de trabalho em casa, mas, também, com mais tempo de lazer com a família.

 

Tanto Ricardinho como Lúcia são acompanhados à distância pelas comissões técnicas das respectivas seleções paralímpicas. No ano que vem, entre 24 de agosto a 5 de setembro, eles terão pela frente a Paralimpíada de Tóquio, no Japão. O evento seria neste ano, mas, devido à pandemia, foi adiado.

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