Futebol no Rio enfrenta crises e ironias, além da pandemia, diz comentarista
Afinal a bola voltou a rolar no futebol do Rio. Como se esperava os jogadores mesmo os que treinavam há mais de um mês, caso do Flamengo, sentiram a longa parada mas isso não impediu uma fácil vitória de 3 x 0 sobre o Bangu.
A imensa disparidade de categoria faz toda a diferença. Mesmo sem público e sem TV tudo correu tranquilo com os protocolos de segurança, como se previa. Mas infelizmente como também se previa foi mais um dia de problemas no futebol.
A federação do Rio com apoio do Flamengo insiste em que Flu e Botafogo, que só começaram a treinar essa semana, entrem em ação daqui a três dias e não aceitou o justo pedido de adiamento para 1º de julho. Agora há ameaça de WO no ar e uma crise imensa e inútil como se não bastasse a pandemia.
O futebol brasileiro foi sempre desunido e agora soma uma crise política à sua crise econômica. Ontem, uma novidade para temperar a coisa toda: uma decisão do presidente Bolsonaro tira a exclusividade do Flamengo para a transmissão do futebol, transferindo o direito para o clube mandante em cada jogo. Novidade que parece justa mas que vai enfrentar resistências como já se viu ontem na decisão da Globo de não transmitir o jogo por falta de acordo no Estadual.
Enfim, com pandemia ou não, ninguém se entende, não há público e alguém sempre vai ironizar: é gol da Alemanha.