Era madrugada de terça-feira, quando a União da Ilha do Governador trouxe para a avenida o enredo “Beleza Pura”. A escola apresentava contos de fadas como “Branca de Neve”, que acabou perseguida por ser bela, além de utilizar a ironia e o humor para questionar os padrões de beleza.
O desfile corria bem até que uma das alegorias ficou presa no Elevado 31 de Março. Com a demora para que o carro entrasse na Marquês de Sapucaí, a escola enfrentou dificuldades para manter a velocidade e evitar clarões na avenida.
Já a Imperatriz Leopoldinense, quinta escola a desfilar no segundo dia de apresentações trouxe o enredo “Axé, Nkenda! Um Ritual de Liberdade e que a Voz da Igualdade Seja Sempre a Nossa Voz”. O samba-enredo homenageou o líder sul-africano Nelson Mandela que lutou contra a discriminação racial.
A verde e branca precisou acelerar o passo na segunda metade do tempo de desfile, mas atravessou a Passarela do Samba sem estourar o período previsto no regulamento.
A última escola a entrar na avenida foi a Unidos da Tijuca, campeã do Carnaval no ano passado. Mesmo com a saída do carnavalesco Paulo Barros, a escola manteve a tendência de trazer inovações e tecnologias para a avenida. Com o enredo “Um conto marcado no tempo – o olhar suíço de Clóvis Bornay", a azul e amarelo da zona norte do Rio trouxe pra avenida referências da Suiça como os canivetes, queijos, chocolates e até os Alpes, com uma alegoria que lançava neve artificial.
Apesar de não ter levantado o público durante a passagem pela avenida, a escola agradou os foliões com a distribuição de chocolates.
Terminados os desfiles, as escolas de samba do Rio de Janeiro, aguardam a apuração das notas, na Quarta-feira de Cinzas, que vai apontar a grande campeã do Carnaval.