História Hoje: Joaquim Pedro de Andrade trouxe visão crítica do Brasil para o cinema

Publicado em 25/05/2016 - 06:00 Por Apresentação Glácia Gomes - Brasília, DF

Há oitenta e quatro anos, nascia no Rio de Janeiro, Joaquim Pedro de Andrade, um dos mais importantes cineastas brasileiros. Entre os seus filmes, destacam-se Garrincha, Alegria do Povo; O Padre e a Moça; Macunaíma; os Inconfidentes; Guerra Conjugal, Contos Eróticos e o Homem do Pau-Brasil.

 

Joaquim Pedro de Andrade nasceu numa família dedicada a cultura. O pai, Rodrigo Melo Franco de Andrade, fundador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), recebia em casa os mais importantes intelectuais da época. Entre os amigos da família, figurava Manuel Bandeira, que foi padrinho de crisma do jovem.

 

Aos 18 anos, o aprendiz de cineasta começou a frequentar o cine clube da Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio, onde recebeu influencia de Sussekind Rocha, professor de mecânica e defensor do cinema mudo.

 

Naquela época, início da década de 1950, Joaquim Pedro, estudante de Física, começou a escrever sobre cinema no jornal da faculdade e iniciou suas experiências cinematográficas. Entre elas, atuou no filme Les Thibault, de Saulo Pereira de Melo, e trabalhou como assistente de direção no curta metragem Caminhos, de Paulo César Saraceni.

 

Em 1957 deixou o curso de Física para se dedicar à sétima arte. Sua primeira experiência profissional foi como assistente de direção do filme Rebelião em Vila Rica. Logo em seguida veio o primeiro filme, o curta-metragem O Poeta do Castelo e o Mestre de Apipucos, financiado pelo Instituto Nacional do Livro. O filme aborda a intimidade do poeta Manuel Bandeira e do escritor e sociólogo Gilberto Freyre.

 

Em 1960 produziu o curta-metragem Couro de Gato, filmado no morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, ano em que ganhou do governo da França uma bolsa para estudar cinema naquele país.

 

Três anos depois Joaquim Pedro de Andrade dirigiu o documentário Garrincha, Alegria do Povo, idealizado por Luis Carlos Barreto, que produziu e roteirizou a história ao lado do jornalista Armando Nogueira.

 

Já com o nome consolidado, o cineasta fundou em 1965 a produtora Serro e com Paulo José e Helena Ignez filmou O Padre e a Moça.

 

Engajado na temática do Cinema Novo, movimento que apresentava uma visão crítica da sociedade brasileira, foi preso pela ditadura militar em 1969. Alguns meses depois de liberado, filmou Macunaíma, seu maior sucesso de crítica.

 

Joaquim Pedro de Andrade morreu em 1988, aos 56 anos, vítima de câncer no pulmão, antes de fazer a adaptação para o cinema da obra Casa-Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire.

 

História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados a cada dia do ano. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.

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