Há 44 anos morria o compositor Silas de Oliveira, autor de sambas de enredo que se tornaram clássicos, como Aquarela Brasileira, Os Cinco Bailes da História do Rio, Glórias e Graças da Bahia e Heróis da Liberdade, em parceria com outros compositores.
Silas era professor de português, e se apaixonou pela aluna Elaine dos Santos. Naquela época fez amizade também com o jornaleiro Mano Décio da Viola.
Junto com Elaine e de Mano Décio, Silas começou a frequentar rodas de samba nos morros cariocas. Com os dois, ia também nos tradicionais pagodes das tias baianas, na Praça Onze, regados a muita bebida, comida e batucada.
Em 1947, Silas de Oliveira, ao lado de Mano Décio e outros compositores, fundou a Império Serrano e se tornou um dos grandes compositores da escola de samba de Madureira. Conquistaram o carnaval no ano seguinte.
Nos anos de 1949 e 1951, a dupla venceu a disputa do melhor samba enredo da escola com as músicas Exaltação a Caxias e o Caçador de Esmeraldas.
O compositor dedicou 28 anos de sua vida ao Império Serrano. Nesse período fez 16 sambas para a escola, das quais 14 foram apresentados no desfile oficial.
Quando o amigo Mano Décio foi para a Portela, a dupla se desfez. Mas Silas continuou compondo para a Verde-e-Branco de Madureira e muitos de seus sambas se tornaram clássicos do gênero.
Em 1968, com a volta de Mano Décio para a Império Serrano, os dois se enfrentam na disputa pelo melhor samba de enredo. Silas derrotou o antigo parceiro com a composição Pernambuco, Leão do Norte.
No ano seguinte, a dupla é refeita na última parceria e compõem o Heróis da Liberdade, em um ano em que o jeito de fazer samba-enredo passava por grandes modificações, sobretudo no andamento acelerado, lembrando marcha carnavalesca.
Em 1972, Silas de Oliveira foi a uma roda de samba, pensando arranjar dinheiro para matricular uma de suas filhas no vestibular.
Quando cantava Os Cinco Bailes da História do Rio, sofreu um infarto fulminante.
* Áudio alterado às 11h30 de 20/05/2016 para corrigir informação. O compositor Silas de Oliveira morreu há 44 anos e não há 34 anos, como informava anteriormente.
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