A venda do terreno do Planetário da cidade do Rio de Janeiro foi suspensa por determinação da justiça do trabalho. A área localizada no bairro da Gávea, zona sul carioca, pertence à Companhia Estadual de Habitação (Cehab-RJ) e iria a leilão nesta terça-feira para pagar dívida trabalhista.
A Cehab chegou a pedir que o bem a ser penhorado fosse substituído e ofereceu uma área no município de São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos. Mas o leilão somente foi suspenso depois que a procuradoria do município do Rio e aFundação Planetário intercederam. Isso porque, apesar do terreno ser estadual, o prédio foi construído e administrado pela prefeitura.
O terreno avaliado em mais de R$ 40 milhões chegou a ser disponibilizada em leilão na semana passada. Mas na primeira tentativa, não houve interessados.
O presidente da Fundação Planetário Nelson Furtado disse que apenas soube do leilão após a divulgação do caso pela imprensa e defende o uso social do espaço
Independente de idade, o público não poupa elogios ao planetário. O pequeno Francisco Miguel de 4 anos de idade que curtiu o passeio. Ele foi para o planetário com o pai, o engenheiro Edilson Silveira que lembra que o universo tem muito a ensinar.
O Planetário da Gávea é um centro de pesquisas e recebe também estudantes da rede pública e privada. O astrônomo da instituição, Alexandre Cherman, diz que o maior planetário é maior da América Latina.
O Planetário da Gávea foi inaugurado em janeiro de 1970, ainda no antigo estado da Guanabara. O terreno foi cedido à prefeitura do Rio de Janeiro em 1986, sem prazo limite para a utilização. Pelo contrato, a prefeitura poderia oferecer outro imóvel em troca do terreno, de valor correspondente, mas isso não ocorreu.
O juiz titular da décima primeira Vara do Trabalho do Rio de Janeiro do TRT/RJ, Otávio Amaral Calvet, que suspendeu o leilão, marcou uma audiência de conciliação para o dia 4 de maio para tentar uma solução sobre o processo trabalhista contra a Companhia Estadual de Habitação, que detém o terreno do planetário.