Se toda a propriedade é roubo, a propriedade escrava é um roubo duplo, contrária aos princípios humanos que qualquer ordem jurídica deve servir.
A reflexão é do abolicionista José do Patrocínio que fez do combate à escravidão a causa de sua vida.
Ele morreu de tuberculose, aos 51 anos, no dia 29 de janeiro de 1905, no Rio de Janeiro.
Jornalista, escritor, político e ativista. Era chamado de Tigre da Abolição, ajudou a criar uma série de instituições que trabalharam contra a escravidão.
Trabalhou em vários jornais, comprou um deles e sempre defendeu, neles, a causa anti-escravidão. Chegou a escrever três romances, hoje desconhecidos. Ajudou a fundar a Academia Brasileira de Letras, tendo ocupado uma das cadeiras.
Fez oposição ao governo do marechal Floriano e chegou a se exilar na Amazônia devido a isso.
Voltou ao Rio, onde morreu esquecido e endividado. Diz-se que deixou um texto inacabado quando morreu, depois de ter visto um carroceiro açoitar um cavalo: “Eu tenho pleos animais um respeito egípcio. Penso que eles têm alma, ainda que rudimentar, e que eles sofrem conscientemente as revoltas contra a injustiça humana.”
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