Cerca de 70 produções audiovisuais participam da 13ª edição do Festival Visões Periféricas, que acontece até domingo, no Rio de Janeiro. São narrativas de ficção ou documentário com temáticas de jovens negros, LGBTs, indígenas, contadas por quem vivencia na pele a realidade das favelas, comunidades e grupos marginalizados.
O festival recebe em média a inscrição de mais de 600 trabalhos de todo o país, anualmente. A curadoria procura selecionar filmes que tragam um olhar diferente sobre essas periferias. Nesta edição, um terço dos selecionados foi produzido por mulheres.
O festival promove três mostras competitivas: Panorâmica, com filmes de longa metragem, Fronteiras Imaginárias, de curtas, e Cinema da Gema, de realizadores cariocas.
Desde o ano passado faz parte da programação um laborátório de negócios, o Visões LAB. São espaços de desenvolvimento de projetos audiovisuais. Quarenta projetos em qualquer formato e gênero recebem uma consulta especializada.
Os 10 projetos mais bem qualificados são levados a uma banca com representantes de canais de TV, especialistas e profissionais do mercado. Há ainda “Rodadas de Negócio” e “Palestras” com profissionais do setor audiovisual.
Para o idealizador do Festival Marcio Blanco, o LAB Visões veio preencher uma lacuna que faltava, que é dar perspectivas a esses novos realizadores de inserção no mercado.
Blanco destacou que a Ancine, a Agência Nacional do Cinema, é um dos patrocinadores do Visões Periféricas. Segundo ele, o fomento é essencial para o setor.
O Visões Periféricas acontece em duas salas da cidade, o Centro Cultural Banco do Brasil e o Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro. E o melhor, é totalmente gratuito.