Da construção de madeira até os dias atuais, aeroporto de Brasília recebe um voo a cada 53 segundos
Quando Juscelino Kubitschek decidiu construir Brasília, determinou que a nova capital precisava, com urgência, de três estruturas: para o presidente, a residência oficial; para os visitantes, um hotel e um aeroporto.
O Hotel Brasília Palace e a residência oficial, o Palácio da Alvorada, foram construídos em concreto. Já o aeroporto e a residência provisória, o Palácio do Catetinho, eram de madeira.
A construção do Aeroporto de Brasília começou no dia 6 de novembro de 1956, no local onde hoje fica o Terminal 2, aquele menor. No dia 2 de abril de 57, recebeu o primeiro voo, que trazia o presidente JK à nova capital. E, no dia 3 de maio, começou oficialmente a funcionar com o primeiro voo comercial da companhia Pan American para Nova Iorque.
Ao longo daquele ano, várias rotas foram inauguradas. Nos três primeiros meses de 1958, o Aeroporto de Brasília recebeu 268 pousos e decolagens.
Para comparar, somente no mês de janeiro deste ano, o terminal recebeu 12.328 voos - 46 vezes o volume de movimentação daquele trimestre.
O aeroporto de madeira funcionou até o começo dos anos 70. Em 1971, o aeroporto mudou para o local onde hoje é o terminal 1, o principal.
Hoje, o Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek é o terceiro maior do país, em movimentação de passageiros internacionais. Ao longo do ano passado, recebeu mais de 16 milhões de passageiros, em 14 mil voos.
Durante um tempo, o aeroporto chegou a operar com duas pistas que funcionavam simultaneamente, mas, por questões de segurança, não faz mais isso. Mesmo assim, tem capacidade de receber um voo a cada 53 segundos. E é o terceiro mais pontual do mundo.
Em 2012, o Aeroporto Internacional de Brasília foi privatizado e passou por uma grande reforma para atender à demanda de passageiros durante a Copa do Mundo de 2014.
Com a ampliação, alguns passageiros chegam a percorrer um quilômetro até o portão de embarque.
Com colaboração de Ana Pimenta, da Rádio Nacional, em Brasília, Victor Ribeiro.