Princesa Leopoldina, a articuladora da independência do Brasil
Na zona oeste da capital paulista, Leopoldina é nome de bairro, avenida e estação de trem por onde passam, todos os dias, milhares de pessoas. Mas será que elas sabem quem foi essa mulher? Conhecem o papel dela para a independência do Brasil?
Abordado pela reportagem na Avenida Leopoldina, o ferramenteiro Yves Nicolas Perjessi balançou:
Sonora: “O que eu sei é que essa avenida é uma avenida principal aqui da Vila Leopoldina, uma figura importante do Brasil Império, né? […] A imperatriz Leopoldina foi... Era a mulher do dom Pedro, né?”
Sim, primeira esposa de Dom Pedro I, uma jovem aristocrata da Áustria, que desembarca no Brasil aos 20 anos, para um casamento arranjado e envolto em expectativas. Quem nos conta é a historiadora Mary Del Priore.
Sonora: “A Leopoldina que chega aqui no dia 6 de novembro de 1817 vai ser recebida efusivamente pelo sogro, dom João VI, que adora essa nora porque ela representa o que há de mais excelente em termos de sangue azul, de nobreza na Europa nesse momento”.
Culta, poliglota, amante da música e da ciência, Leopoldina era também hábil diplomata e política. Cinco anos depois de sua chegada, tais qualidades foram determinantes para que ela interpretasse o momento e articulasse a separação do Brasil de Portugal. Marcos Damigo dirigiu a peça Leopoldina, vida e morte e afirma:
Sonora: “A independência do Brasil que ela, de uma certa maneira, banca, veio antes do dom Pedro, e ela faz isso à revelia do pai. Então, para uma mulher do começo do século 19, é muito impressionante, a coragem que ela teve. E esse lugar, é de uma transgressão heroica”.
Transgressão, que surge da necessidade de cumprir aquele que era o dever de todas as monarcas da época, explica Del Priore.
Sonora: “A Leopoldina tem a maior preocupação que seus filhos herdem uma coroa, herdem um império. Esse é o papel das rainhas, zelar pela coroa da sua progenitura. Então, é isso que entra na mira dela. E é por isso que ela vai, de alguma maneira, participar...”.
Assinada a independência, a imperatriz Leopoldina segue atuante, agora para que o Império seja reconhecido.
Sonora: “A questão toda é que ela vai participar com dom Pedro, depois do Sete de Setembro, de um papel importantíssimo, tentando convencer o grande ministro austríaco Matternich, e também o seu pai, de aceitar a independência do Brasil. E a Leopoldina por falar línguas, alemão, francês, inglês é que vai fazer a mediação entre esse jovem imperador e as forças armadas que estão se organizando.”
Leopoldina, mulher de dom Pedro, mas também pesquisadora, política, diplomata. Articuladora da independência do Brasil. Uma mulher que a história se ocupa cada vez mais em resgatar.
Sonora: “Quem sabe ainda nos arquivos austríacos nós possamos encontrar os arquivos diplomáticos, enfim, nos museus, nós possamos encontrar outros rastros dessa princesa que parecia tão discreta e que, agora, nós estamos vendo sob outra chave.”
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