Ele nasceu Sebastião Bernardo Silva. Mais tarde, trocou o nome de batismo para Sebastião Bernardes de Souza Prata, mas ficou conhecido nacional e internacionalmente como Grande Otelo.
A trajetória de mais de 70 anos de um dos maiores atores e comediantes da história do cinema e da TV no Brasil, e os debates sobre discriminação racial ao longo de sua carreira, são contados no livro "Grande Otelo: um intérprete do cinema e do racismo no Brasil".
O ator, que atravessou diversas fases da produção cinematográfica nacional - da chanchada ao cinema novo - viveu personagens marcantes como Macunaíma. Autor do livro e professor da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás, Luis Felipe Kojima Hirano, ressalta que Grande Otelo não falava de racismo nem tampouco de raça, mas reclamava da exploração cômica da sua cor e das desigualdades nos papéis e salários que recebia.
Em sua narrativa, o autor ressalta o pioneirismo de Grande Otelo como um dos principais atores da sétima arte no Brasil, contribuindo, com seu talento para transformações na visão do negro traduzida pelo cinema brasileiro.