Buscar relações gentis e um cuidado maior entre as pessoas. Esse é o objetivo do Dia Mundial da Gentileza, celebrado neste sábado, 13 de novembro. E não faltam exemplos.
Em Belo Horizonte, uma vizinhança montou uma “caixa da partilha” na rua para compartilhar comida e outros produtos. A iniciativa começou antes da pandemia, mas, depois da crise sanitária, a quantidade de doações aumentou, e elas ajudam qualquer pessoa, moradores ou não da região. A ideia é simplesmente ajudar, como explica a moradora Terezinha Barros. Ela está ciente de que isto não é central para a solução dos problemas, mas pode ajudar individualmente quem estiver passando por necessidades.
E essa visão mais cuidadosa com o outro também se estende as demais áreas, inclusive à economia. Uma pesquisa da consultoria EY Parthenon revelou, no ano passado, que mais de 70% dos mil entrevistados se mostraram mais dispostos a comprar de empresas que, durante a pandemia, cuidam dos funcionários e dão suporte à comunidade.
Até no atendimento em comércios, consumidores já buscam esse trato mais gentil. A gerente de marketing de uma rede de lojas de presentes, Juliana Mussel, diz que a pandemia deixou todos mais sensibilizados. Por isso, a delicadeza e o respeito devem começar no escritório para chegar até o cliente.
A psicanalista Juliana Lara diz que gentileza é acolhimento, e ele cabe em todos os momentos, mas começa pela própria pessoa. Para ela, o auto-cuidado deve ser colocado em evidência.
