História Hoje: Estação Ferroviária Leopoldina foi tombada há 31 anos
Estação Barão de Mauá, batizada em homenagem a Irineu Evangelista de Sousa, o pioneiro do transporte ferroviário no Brasil. Ou Estação Ferroviária Leopoldina, em homenagem à cidade mineira, que fica a cerca de 230 quilômetros do Rio de Janeiro. Dois nomes para a enorme estação de trem na zona norte da capital fluminense que foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural em 18 de fevereiro de 1991.
Inaugurada em novembro de 1926, a estação foi projetada pelo escocês Robert Prentice. A arquitetura foi inspirada na Estação Victoria, de Londres. Além da Estação Leopoldina, o arquiteto também foi responsável por outros grandes projetos no Rio de Janeiro, como a Central do Brasil e o edifício do Ministério das Relações Exteriores. Além disso, projetou a Estação Ferroviária Central de Córdoba, em Buenos Aires, na Argentina.
Os trens que partiam do Rio iam para o interior de Minas Gerais e para o Espírito Santo. A estação ficou sob a administração da empresa inglesa Estrada de Ferro Leopoldina e passou posteriormente para a rede ferroviária federal. Por mais de duas décadas, ficou a cargo do poder público e teve parte da estrutura privatizada em 1998.
Em 2004, a estação foi fechada. Sem os vagões a pleno vapor, a calçada do local virou ponto de ônibus. Uma lei de 2007 determinou que o Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, ficasse responsável por zelar pela guarda e conservação do imóvel.
Já um projeto de lei de 2010 sugeria que o local fosse transformado no Museu Ferroviário Barão de Mauá e incorporasse o Museu do Trem do Rio de Janeiro, mas foi arquivado em 2014.
Em 2018 foi assinado um acordo entre Ministério Público do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Transportes para converter o acervo que se encontra guardado no antigo edifício da estação em um arquivo digital.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
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