O Museu do Catetinho, em Brasília, voltou a receber o público. Após dois anos fechado por causa da pandemia, ele passou por obras e foi reaberto nesta quinta-feira. O edifício, feito de tábuas, foi repintado e recebeu tratamento contra cupins e insetos. As salas foram preservadas da maneira que o Catetinho foi construído, em 1956, portanto há 65 anos.
Visitar o Catetinho é viajar no tempo.... Lá estão preservadas as salas onde o presidente Juscelino Kubitschek despachava com o arquiteto Oscar Niemeyer e outros pioneiros da construção de Brasília.
No térreo, está a cozinha da época, com modelos em cera de pães e bolos, do jeito que atendia à equipe de governo. Nas noites, o silêncio do cerrado era quebrado pelas serestas de Dilermando Reis, um dos maiores violonistas do Brasil...e o violão dele está lá também. E ao lado das lamparinas originais, já que não tinha eletricidade no local das 22h às 5h.
Os quartos têm nas paredes fotos dos ilustres hóspedes, como de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, que ali estiveram em 1960, e onde compuseram a canção Água de Beber, em homenagem a um córrego que descobriram na região.
Na cerimônia de reabertura, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha ressaltou a importância do Catetinho como monumento da aventura que foi o início da construção da capital federal. A cerimônia foi marcada por apresentações folclóricas e a entrega de medalhas de Mérito Cultural.
Um dos agraciados, o emérito professor de arquitetura da UnB José Carlos Coutinho, ressaltou a importância da manutenção do edifício com as características originais.
Em 2019, último ano antes da pandemia, o Catetinho recebeu quase 45 mil visitantes. A guia de turismo de Brasília Maria José Carvalho saudou a volta do ponto turístico:
A vendedora Poliana Sampaio foi conhecer o Catetinho depois da reforma.
O Museu do Catetinho está aberto para visitas de terça-feira a domingo, inclusive feriados, das 9h às 17h, com entrada gratuita.