Um cientista, intelectual, desbravador de caminhos: Edgar Roquette-Pinto, considerado o ‘pai da radiodifusão brasileira’, foi, sobretudo, um humanista. Um homem que acreditava nos brasileiros e no Brasil.
Formou-se em medicina em 1905, e, no ano seguinte, passou em um concurso para professor assistente de antropologia e etnografia no Museu Nacional.
Seu primeiro grande trabalho de pesquisa foi uma série de estudos sobre os Sambaquis – onde conchas, ossos e utensílios ajudavam a entender o comportamento do homem pré-histórico que habitou o litoral da América do Sul.
Em 1911, integra a missão Rondon, chefiada por Cândido Mariano da Silva Rondon. Um encontro que marcaria sua vida.
A experiência de Roquette na missão Rondon o fez afirmar sua crença no brasil e nos brasileiros. Dessa experiência nasce seu livro Rondônia. E também registros pioneiros em fotos e áudios dos indígenas no Brasil.
É o amor pelo Brasil e a certeza de que o povo brasileiro tinha uma enorme capacidade que explicam o fascínio de Roquette pelos meios de comunicação que se desenvolveram no século 20.
Em 1922, na exposição do Centenário da Independência, Roquette conhece o rádio e move seus pares da academia brasileira de ciências para uma ação que resultaria na primeira emissora de rádio oficial do Brasil.
Cem anos em 100 programas
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.