O Comitê Gestor Participativo do Cais do Valongo será retomado em breve. Essa é a previsão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN. O comitê foi extinto em 2019 e seu retorno é reivindicado por entidades culturais e pelo Ministério Público Federal que, desde 2013, acompanha as medidas adotadas no local.
Candice Ballester, coordenadora substituta de Reconhecimento e Gestão de Bens Culturais em Âmbito Internacional do IPHAN, explica o andamento da instalação do novo Comitê.
O grupo era composto por representantes de organizações afrobrasileiras e órgãos e instituições envolvidos na conservação do Cais do Valongo, e tinha como responsabilidade dirigir e planejar a gestão e valorização do local. O procurador Sérgio Suiama explica como ocorreu a extinção.
O Cais do Valongo foi o principal ponto de desembarque e comércio de pessoas negras escravizadas nas Américas. Funcionou até 1831, ano em que foi proibido o comércio transatlântico de africanos escravizados. Calcula-se que entre 500 mil e um milhão de negros desembarcaram no local. Em 2017 tornou-se patrimônio da humanidade pela Unesco.