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Cultura

Arquivo Nacional tem, pela primeira vez, uma mulher negra na direção

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Fabiana Sampaio - Repórter Rádio Nacional
17/03/2023 - 22:50
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ), 17/03/2023 – A secretária executiva do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Cristina Mori e a diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães durante cerimônia de posse no Palácio da Justiça, no
© Tomaz Silva/Agência Brasil

O Arquivo Nacional no Rio de Janeiro tem, pela primeira vez, uma mulher negra à frente da direção. A historiadora Ana Flávia Magalhães tomou posse nesta sexta (17) como nova diretora-geral da instituição.

Ela substituiu Ricardo Borda D’Água Braga, nomeado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, e alvo de críticas por ser considerado sem qualificação para o cargo.

Ana Flávia é professora adjunta do Departamento de História da Universidade de Brasília, tem licenciatura, mestrado e doutorado em história, além de bacharelado em Jornalismo.

Criado em 1838, ainda durante o Império, o Arquivo Nacional é responsável pela gestão e proteção do patrimônio documental brasileiro.

Ana Flavia Magalhães reflete que sua chegada representa algo maior que um simples simbolismo estatístico de ser a primeira mulher negra a ocupar o cargo como titular.

A nova diretora-geral destacou que é preciso jogar luzes nos traumas do passado, como a ditadura militar, por exemplo, e dialogar com vários segmentos chamados por ela de prioritários: como pessoas negras, indígenas, da comunidade LGBTQIA+ .

Presente na cerimônia, a escritora e filósofa Sueli Carneiro ressaltou as competências de Ana Flávia para estar à frente da instituição.

Também participaram da cerimônia de posse a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco,  e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços, Esther Duek, que participou por videoconferência.

O Arquivo Nacional recentemente ganhou status de secretaria deste Ministério. 

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