Exposição em Petrópolis conta história do país, no Palácio Quitandinha
Quem for a Petrópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, tem mais uma opção de atividades culturais gratuitas. O glamoroso Palácio Quitandinha, inaugurado na década de 1940 para ser um hotel-cassino, abriga agora o Centro Cultural Sesc Quitandinha, que traz inicialmente uma exposição de longa duração que propõe uma revisão da história do país e de Petrópolis.
Doze artistas e dois curadores abordam os laços entre Brasil e África, o período das navegações e o sofrimento provocado pelo tráfico de africanos escravizados.
O professor e organizador da exposição, Marcelo Campos, lembra, inclusive, que o nome Quitandinha vem da palavra quitanda, que é de origem africana e destaca que o título “Um Oceano para Lavar as Mãos” convida o público a pensar no deslocamento forçado provocado pela escravidão.
O presidente do Sesc, Senac e Fecomércio, Antônio Florêncio, espera que o número de visitantes chegue a 300 mil ao longo de um ano. Na opinião dele, o projeto reafirma a crença na força da cultura como ferramenta essencial para a transformação da sociedade.
Esta primeira exposição pode ser vista pelos próximos seis meses, mas o Palácio Quitandinha também tem uma programação paralela de música e de cinema, com atividades literárias e oficinas, toda assinada por curadores negros.