As obras de valorização do sítio arqueológico do Cais do Valongo, localizado na região da Pequena África, no Rio de Janeiro, tiveram início nesta quinta-feira. As intervenções estão a cargo do IDG, Instituto de Desenvolvimento e Gestão, que na última terça conseguiu a licença do Iphan para implementar as obras da segunda etapa.
Serão investidos mais de R$ 2 milhões no projeto, que inclui reforma física, sinalização, módulos expositivos, entre outros. Os recursos são patrocinados pela transmissora de energia elétrica State Grid Brazil Holding, por meio de financiamento da linha Investimento Social para Empresas, do BNDES.
A reforma deve ser entregue até novembro e inclui a instalação de guarda-corpo permanente e a implantação de módulo expositivo com totens que vão contar a história do Brasil a partir do Cais do Valongo, como explica a curadora da mostra, a professora e historiadora Ynaê Lopes dos Santos.
No espaço também serão instalada uma escultura que tem a forma do continente africano e sinalização que faz referência ao patrimônio tombado, em placas e mapa que informam sobre sua história.
Já o projeto de iluminação do local, desenvolvido pelo IDG, é de responsabilidade da Prefeitura do Rio.
Neste mês, o sítio histórico completou seis anos como Patrimônio da Humanidade da UNESCO. O antigo porto, desativado em 1831 e redescoberto em 2011, durante obras de revitalização, é um vestígio material único do desembarque de cerca de 1 milhão de africanos escravizados nas Américas.