A vida e a trajetória de um dos maiores artistas brasileiros, o carioca Hélio Oiticica, são contadas em livro que reúne cartas inéditas trocadas com amigos, como Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Assim como muitos de seus contemporâneos das décadas de 1950 e 1960, Hélio Oiticica defendeu a liberdade.
Em 1965, na abertura de uma de suas exposições, no Rio de Janeiro, o artista protestou quando seus amigos da escola de samba Estação Primeira de Mangueira foram impedidos de entrar no Museu de Arte Moderna. Hélio, então, fez uma manifestação coletiva em frente ao local, com os sambistas.
Idealizado por Cesar Oiticica Filho, sobrinho do artista, e organizado por Tania Rivera, pesquisadora da Universidade Federal Fluminense, o livro Hélio Oiticica: cartas 1962-1970, publicado pela editora UFRJ, traz detalhes da vida, do trabalho, da maneira como o artista se coloca diante do mundo. Para Tania Rivera, o episódio no MAM mostra o espírito combativo de Oiticica.
Aproximando vida e arte, ele criou peças e instalações que derrubam a fronteira entre a obra e o espectador.
Além do reconhecimento nacional, seu trabalho ganhou projeção internacional, com exposições em museus de Londres, na Inglaterra, e Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Hélio Oiticica nasceu 26 de julho de 1937, na cidade do Rio de Janeiro, onde desenvolveu a maior parte dos seus trabalhos. Morreu ainda jovem, em 22 março de 1980, na capital fluminense.