O funk surgiu nos anos de 1960, inspirado na soul music, um dos símbolos de expressão do movimento negro nos Estados Unidos. Chegou ao Brasil no final dos anos de 1970.Os primeiros bailes aconteciam na zona sul do Rio de Janeiro.
No fim da década de 1980, DJ Malboro incluiu a bateria eletrônica ao ritmo. Não demorou muito para o funk conquistar espaços, ocupar territórios. O som batizado como “das favelas” ganhou o mundo. Com sotaque e alma brasileiros, se tornou também símbolo de representatividade.
No Rio de Janeiro, muitas vezes marcado pelo preconceito, principalmente por ser um ritmo da periferia ter temáticas sociais, se consolidou como expressão artística e social: ganhou uma batida irresistível, criou passinhos, coreografias e muito charme. Deu voz e projeção a artistas como Claudinho e Bochecha, MC Carol e tantos outros talentos.
E desse estilo musical, que ao lado do samba e do pagode, é a cara do Rio, surgiram projetos sociais que fomentaram a inclusão e combateram o preconceito.
Priscila Rebeca, vice-presidente da Rede Funk Social, programa de desenvolvimento de talentos do funk, em São Gonçalo, Região Metropolitana, destaca a importância do projeto, que serve para tentar resgatar por meio de atividades que eles gostam, como o funk, o corte de cabelo e o passinho.
Para o DJ Cristiano Tavares, um dos fundadores da Rede Funk Social, o projeto oferece um caminho de oportunidades. MC Langa, começou no funk há 20 anos, e concorda com Cristiano, para ele o funk é uma forma de contar os problemas para o mundo.
Vanessa Damasco, diretora-geral do Estúdio Funk, casa de incentivo a novos talentos, conta que o espaço, em um único dia, chega a atender mais de 150 artistas.
Segundo uma plataforma de streaming, o Funk Carioca foi o ritmo brasileiro mais exportado em 2022.
Entre os países que mais consomem funk, além do Brasil, estão: Portugal, Estados Unidos, Itália, França e Argentina.
*Com produção da TV Brasil