O Presidente Lula sancionou a lei que inscreve Padre Cícero Romão Batista no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
A recomendação do nome de sacerdote católico, chamado carinhosamente de Padim Ciço, e celebrado como santo, principalmente nos estados nordestinos, já havia sido aprovada pelos deputados em maio deste ano e posteriormente pelos senadores em agosto passado.
Lira Neto, autor do livro “Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão” falou da importância que o reconhecimento.
Cícero Romão Batista nasceu em 24 março de 1844 na cidade de Crato, no Ceará. Cursou o seminário em Fortaleza e foi ordenado padre em 1870, aos 26 anos. No povoado em que veio a morar depois, na região do município de Juazeiro do Norte, desenvolveu intenso trabalho pastoral por meio de pregações, aconselhamentos, confissões e visitas domiciliares. Padre Cícero faleceu em 1934, aos 90 anos, em Juazeiro do Norte. Em 1969, a cidade ganhou uma estátua de 27 metros de altura em homenagem ao religioso, que recebe mais de 2,5 milhões de romeiros e turistas por ano.
No final de 2022 teve início o processo de beatificação de Padim Ciço pela Igreja Católica. O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria está localizado no Panteão da Pátria Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Criado em 1992, o documento reúne protagonistas da liberdade e da democracia, que dedicaram sua vida ao país em algum momento da história.
O biógrafo de Padre Cícero pontua um contexto que justifica a inclusão do sacerdote, que também foi político, entre personalidades que contribuíram para a formação da democracia brasileira.
Mais de 65 pessoas já receberam a honraria, entre elas Tiradentes, Santos Dumont, o maestro Carlos Gomes, o ambientalista Chico Mendes e os símbolos da resistência negra contra a escravidão Dandara e Zumbi dos Palmares.
