A sociedade pode contribuir com a processo de registro do gênero musical choro como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan.
O pedido de registro foi formalizado em 2012, pelo Clube do Choro, sendo depois reforçado por outras instituições e artistas. Agora, após aprovação pela área técnica do Iphan, e antes de ser enviado para avaliação final do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, estão abertas até o dia 3 de dezembro as manifestações sociais sobre a decisão, que podem ser enviadas para o e-mail dpi@iphan.gov.br ou feitas pessoalmente, na sede do Iphan em Brasília.
Marina Lacerda, coordenadora de registro e revalidação do Iphan, explica a importância desta etapa de participação social.
“É a oportunidade da sociedade como um todo se manifestar nesse bem cultural né, sobre a importância deste bem cultural. Até porque também é importante que chorões, ou detentores, pessoas associadas ao choro, tenham oportunidade de falar, porque é um bem cultural de ampla abrangência”.
Gênero marcado por grandes nomes, como Chiquinha Gonzaga e Pixinguinha, o choro possui mais de 100 anos de história, e é resultado de trocas culturais entre Américas, África e Europa. Seu valor consiste não apenas em aspectos sonoros, mas na sociabilidade gerada pelas rodas de choros e seus públicos. Marina ressalta as características que tornam o gênero tão valioso.
“O choro especialmente ele tem uma característica de junção do erudito com o popular, e que traz uma diferenciação musical muito importante, está presente em todo o território nacional. Em cada estado ele possui sotaques e diferenças que fazem com que ele seja único e ao mesmo tempo particular em cada região do Brasil.
Marina Lacerda também explica que, a partir do reconhecimento, o choro ganhará mais valor, podendo receber mais apoio do Estado, com diálogo constante dos detentores da prática cultural e ações de fortalecimento.
População pode ajudar a tornar o choro Patrimônio Cultural do Brasil