Barco de fogo, bacamarteiros: conheça folguedos da noite de São Pedro

Manifestações populares de Sergipe são tombadas pelo Iphan

Publicado em 28/06/2024 - 08:35 Por Joana Côrtes - repórter da Rádio Nacional - São Paulo

Último festejo do ciclo junino, a noite de São Pedro é celebrada por diversos folguedos pelo Brasil adentro. Entre as manifestações culturais mais famosas dessa festa estão os barcos de fogo e os bacamarteiros, tombados pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônios culturais sergipanos.

Quem explica o que é um barco de fogo é o fogueteiro José Marcos Batista, que vive em Estância, conhecida como a capital do barco de fogo, a 67 km da capital Aracaju. Ele é o mais novo de uma tradicional família de fogueteiros. O patriarca, seu Quequéu, como é mais conhecido, tem 78 anos – 50 só de dominar a arte de fazer barco de fogo.

Quem vê uma vez na vida o barco movido por um fio de aço e pela força de espadas de fogo não esquece mais. Em todo o Brasil, ele só existe mesmo no município de Estância. E lá se vão mais de 100 anos de tradição.

Bacamarteiros

O forte estampido do tiro de pólvora seca, sem munição, do bacamarte também é um dos maiores símbolos dos festejos populares do ciclo junino em Sergipe. Mais de 20 grupos de bacamarteiros da cidade da Capela, a 107 km da capital sergipana, celebram há mais de 80 anos a festa de São Pedro, comemorada nos dias 28 e 29 de junho.

Faz dois anos que a sergipana Camila Ferreira sai pelas ruas, na festa de São Pedro, com o seu bacamarte a tiracolo, toda paramentada de vestimenta de couro. Não pode faltar a jabiraca, o lenço de seda no pescoço. Ela é a única bacamarteira entre os brincantes do Batalhão de Bacamarteiros Cangaceiros de Lampião, da Capela.

Quem honra também a tradição é o bacamarteiro Tiago Tavares, que está na função da pólvora e da espoleta, desde 2007. Tiago conta que a tradição remonta à homenagem prestada durante as festas populares de junho pelo nascimento de São João Batista por parte dos soldados do Nordeste que estiveram na Guerra do Paraguai e que carregavam seus próprios bacamartes.

Assim como a bacamarteira Camila, Tiago quer permanecer levantando fumaça e poeira quando brinca com o seu bacamarte.

Durante os cortejos dos bacamarteiros, zabumba, triângulo, sanfona, flauta de pífano, ganzá e caixa de marcação esquentam os brincantes, saudando e encerrando com alegria e muito barulho o mês dos festejos juninos. E como a gente diz no nosso Nordeste: e viva São Pedro!

Edição: Roberta Lopes/ Sumaia Villela

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