O canto de saudação indígena vem da voz da escritora Auritha Tabajara.
A diversidade dos povos originários no Brasil está sendo celebrada na cidade de São Paulo dentro da programação especial do Agosto Indígena. Oficinas, shows, exibição de filmes, vivências coletivas e contações de histórias são algumas das atividades para ampliar o respeito e reconhecer as tradições dos povos indígenas na maior capital da América Latina.
Em São Paulo, a programação segue o mês inteiro, até o dia 31. São mais de 250 atividades em 40 unidades do Sesc, espalhadas pela capital e pelo interior.
O tema deste ano faz referência à educação. A ideia é dar visibilidade a crescente presença indígena em escolas, universidades e centros culturais, seja em comunidades indígenas, nas aldeias ou em grandes centros urbanos.
A artista e educadora, Moara Tupinambá, convida o público do Sesc Santo André a explorar a técnica de colagem e a desenvolver obras em artes visuais que falem de direitos humanos a partir da ancestralidade dos povos indígenas.
Nascida em Belém do Pará, a multiartista tem 39 anos e vive há 15 em São Paulo. Ela une arte e ativismo para resgatar sua história, que também é a história das kunhãs, parentas ancestrais da Aldeia Tucumã Tupinambá, no rio Tapajós.
A escritora Auritha Tabajara chegou na cidade de São Paulo no mesmo ano que Moara Tupinambá, em 2009. Ela nasceu e se criou em uma comunidade indígena em Ipoerias, a 400 km da capital Fortaleza, no Ceará.
Auritha é conhecida por ser a primeira cordelista indígena do Brasil. Na programação do Agosto Indígena, ela traz contos ouvidos quando era criança da boca da avó, dona Francisca, hoje com 96 anos.
Entre as rodas de debuiar feijão, Auritha Tabajara cresceu escrevendo e declamando as histórias e as sabedorias das mulheres da floresta. Até o final do mês, ela estará no Sesc da Avenida Paulista, honrando e passando adiante o seu cordel cantado.
A programação completa do Agosto Indígena pode ser conferida no site sescsp.org.br
