Terminou o protesto de índios Xikrin contra a unidade de extração de minérios da Vale instalada em Ourilândia do Norte, no Sudeste do Pará. Desde o último sábado, cerca de 150 indígenas bloqueavam a entrada do empreendimento. A empresa chegou a divulgar uma ameaça de incêndio por parte dos índios, mas a Funai desmentiu a informação.
Os indígenas reclamam dos impactos causados pelo Projeto Onça Puma, de extração de níquel. Segundo os índios, a atividade está prejudicando a qualidade do Rio Cateté, causando diversos danos à saúde da população. Em reunião ocorrida nesta segunda-feira, representantes da Companhia Vale se comprometeram a elaborar propostas de compensação ambiental.
O termos dessa proposta vão ser apresentados em um encontro entre Funai, Vale e Índios, agendado para o próximo dia 25. O Ministério Público Federal no Pará acompanha o caso e moveu uma ação contra a Vale, pedindo a interrupção dos trabalhos da mineradora. A ação tramita na Justiça Federal de Redenção.
De acordo com informações do MPF, apesar de o Projeto Onça Puma afetar diretamente os Xikrin, a Vale não iniciou nenhum programa de compensação de impactos, nem cumpriu as condicionantes previstas no licenciamento do projeto.
Por meio de nota, a Vale afirma que essa ação está em fase de instrução e não há qualquer obrigação imposta à empresa. A nota diz ainda que as ações previstas no plano básico ambiental, aprovado pela FUNAI, estão sendo realizadas, exceto as que dependem de autorização do povo indígena.




