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Direitos Humanos

Movimento social negro propõe "segunda abolição da escravatura"

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Katiana Rabelo
13/05/2015 - 14:04
Brasília

A Lei Áurea, que determinou o fim da escravidão no Brasil foi sancionada em 13 de maio de 1888. Para o movimento negro, essa é uma data que reforça a necessidade da luta para se acabar com o racismo no país.


Alexandre Braga, diretor da Unegro, União de Negros pela Igualdade, a abolição que aconteceu há 127 foi incompleta.

 

Sonora: "Ela foi um movimento importante, só que faltou a parte social, a parte do desenvolvimento econômico, da integração dos escravos com o resto da sociedade, então é isso que a gente precisa resgatar. A gente precisa fazer, na verdade, uma segunda abolição da escravatura, agora na perspectiva da inclusão social".

 

A ministra da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial Nilma Lino Gomes concorda que o 13 de maio é uma data para se denunciar a desigualdade ainda existente entre negros e brancos. Ela também destaca que a luta pelo fim da discriminação mostra resultados, mas reconhece que eles ainda são insuficientes.

 

Sonora: "Nós temos hoje dados que mostram que já avançamos no sentido de superar alguns aspectos da nossa desigualdade racial, mas ainda nos falta muito para construir uma situação igualitária entre negros e brancos nas mais diversas áreas - na educação, saúde, emprego, nas questões ligadas à violência."

 

Com a intenção de estabelecer parcerias com estados e municípios, a Secretaria de Políticas de Igualdade Racial está promovendo a Caravana Pátria Educadora pela Igualdade Racial e Superação do Racismo. Na caravana são promovidos debates entre autoridades e sociedade civil. Ela já passou pelo Pará e Maranhão. As próximas edições devem acontecer no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

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