Zilda Arns Neumann nasceu no dia 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha, Santa Catarina. Foi a fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e da Pastoral da Pessoa Idosa e indicada três vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
Filha de Gabriel Arns e Helene Steiner, Zilda foi a 13ª criança da família e irmã de dom Paulo Evaristo Arns, que atualmente é cardeal emérito e arcebispo de São Paulo.
Em 1953, entrou na Universidade Federal do Paraná para estudar medicina e começou a cuidar de crianças, se especializou em pediatria.
Na época, Zilda se impressionou com a grande quantidade de crianças internadas com doenças de fácil prevenção, como diarreia e desidratação.
Em 1959, se casou com Aloísio Bruno Neumann, teve seis filhos: Marcelo que morreu três dias após o parto, Rubens, Nelson, Heloísa, Rogério e Sílvia, que faleceu num acidente em 2003.
Zilda, depois de formada, optou pela saúde pública. Trabalhou em hospital e foi nomeada diretora de Saúde Materno-Infantil da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná.
Em 1980, surgiu a epidemia de Poliomielite em União da Vitória, no Paraná. Zilda Arns coordenou a Campanha da Vacinação Sabin. O modelo serviu de base para o Ministério da Saúde, que estendeu a campanha a todo o Brasil.
Em 1983, fundou a Pastoral da criança. A primeira ação foi em Florestópolis, no Paraná. Lá o índice de mortalidade infantil chegava a 127 para cada mil crianças. Após um ano de atividades, o número caiu para 28 mortes para cada mil. O sucesso levou à igreja a expandir o projeto para todo o Brasil.
O trabalho de Zilda serviu de exemplo para países como Angola, Moçambique, Timor Leste, Paraguai, Bolívia, Argentina, Chile e México, entre outros.
Em 2004, Zilda fundou e coordenou a Pastoral da Pessoa Idosa, para ensinar líderes locais a ajudar idosos a controlar vacinas, evitar acidentes domésticos e identificar doenças.
No último discurso, feito no Haiti, Zilda Arns ressaltou que para uma transformação social, é necessário um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças.
Até a sua morte, em janeiro de 2010, no terremoto do Haiti, Zilda coordenava 155 mil voluntários em mais de 32 mil comunidades do Brasil.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. É publicado de segunda a sexta-feira.