A Justiça de Rondônia condenou a 130 anos de prisão, em regime fechado, o médico ginecologista Pedro Augusto Ramos da Silva.
Foram 15 condenações de 8 anos e 8 meses, cada, por estupros praticados no consultório do réu, em Ariquemes, a 200 quilômetros da capital Porto Velho.
A polícia de Rondônia ouviu o depoimento de 17 vítimas. Uma delas, gestante. A maioria das mulheres relata ter sido abusada durante consultas em um hospital particular da cidade.
Houve denúncia de abusos também em um hospital público e em um posto de saúde.
O processo contra o médico tem 77 páginas. Os relatos das vítimas indicam que o profissional praticava a violência sexual simulando um atendimento ginecológico.
Os crimes ocorreram entre setembro de 2014 e janeiro de 2015. Pedro Augusto está preso desde fevereiro do ano passado, quando o primeiro caso foi denunciado.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (CRM-RO), Cleiton Bach, o registro de Pedro Augusto está interditado desde então. O CRM também abriu um processo para analisar o caso.
Atualmente o ginecologista tem inscrição ativa nos conselhos regionais de medicina do Acre, Mato Grosso, Pará e São Paulo. No Acre e em Mato Grosso, inclusive, ele também responde pelo crime de estupro.
Em Roraima e Santa Catarina o registrado está cancelado e no estado onde ele nasceu, o Rio grande do Sul, consta como registro transferido.
O advogado de defesa do acusado não foi encontrado. O caso ainda vai a julgamento e cabe recurso da decisão.