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Direitos Humanos

Ginecologista é condenado a 130 anos de prisão por estupros de pacientes

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Graziele Bezerra
03/08/2016 - 13:49
Brasília

A Justiça de Rondônia condenou a 130 anos de prisão, em regime fechado, o médico ginecologista Pedro Augusto Ramos da Silva.


Foram 15 condenações de 8 anos e 8 meses, cada, por estupros praticados no consultório do réu, em Ariquemes, a 200 quilômetros da capital Porto Velho.


A polícia de Rondônia ouviu o depoimento de 17 vítimas. Uma delas, gestante. A maioria das mulheres relata ter sido abusada durante consultas em um hospital particular da cidade.


Houve denúncia de abusos também em um hospital público e em um posto de saúde.


O processo contra o médico tem 77 páginas. Os relatos das vítimas indicam que o profissional praticava a violência sexual simulando um atendimento ginecológico.


Os crimes ocorreram entre setembro de 2014 e janeiro de 2015. Pedro Augusto está preso desde fevereiro do ano passado, quando o primeiro caso foi denunciado.


Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (CRM-RO), Cleiton Bach, o registro de Pedro Augusto está interditado desde então. O CRM também abriu um processo para analisar o caso.


Atualmente o ginecologista tem inscrição ativa nos conselhos regionais de medicina do Acre, Mato Grosso, Pará e São Paulo. No Acre e em Mato Grosso, inclusive, ele também responde pelo crime de estupro.


Em Roraima e Santa Catarina o registrado está cancelado e no estado onde ele nasceu, o Rio grande do Sul, consta como registro transferido.


O advogado de defesa do acusado não foi encontrado. O caso ainda vai a julgamento e cabe recurso da decisão.

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