A Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara de Vereadores emitiram nesta segunda-feira nota de repúdio ao prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes por fala durante entrega de um apartamento do Morar Carioca.
Em vídeo divulgado em redes sociais neste final de semana, Eduardo Paes sugere que a nova dona da residência use o local para fazer sexo e levar namorados. A prefeitura diz que as imagens foram feitas em maio do ano passado.
A Defensoria Pública criticou o caso em nota assinada em conjunto com a Comissão de Igualdade Racial da OAB-RJ.
O texto diz que o caso não deve ser tratado de forma isolada e jamais poderia ser rotulado como gafe ou piada de mau gosto. As instituições classificaram a fala do prefeito como demonstração de machismo associado ao racismo onde o corpo da mulher é tratado como objeto.
A coordenadora do Núcleo Contra a Desigualdade Racial da Defensoria, Lívia Cásseres, que assina a nota junto com o núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher, classificou o episódio como grave.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara de Vereadores classificou a atitude do prefeito como incompatível com o cargo que ocupa e disse que ele desrespeitou simultaneamente a Lei de Contravenções Penais e o Código Civil.
A Comissão pede uma retratação pública. A assessoria de imprensa de Eduardo Paes afirmou que não vai comentar o caso.