Várias cidades promovem atos de reflexão sobre a intolerância religiosa neste domingo
O dia 21 de janeiro se transformou em Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa em 2007, determinado por uma lei federal, porque este é o dia do falecimento da ialorixá Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda, da Bahia. Ela morreu no ano 2000 depois de ser vítima de intolerância.
Em outubro de 1999, o jornal Folha Universal, de propriedade da Igreja Universal, exibiu a foto da Mãe Gilda na capa, chamando-a de macumbeira charlatã. Logo após, a casa da ialorixá foi invadida e o marido dela foi agredido. O seu terreiro, Axé Abassá de Ogum, foi depredado. O ataque acabou agravando problemas de saúde e a mãe Gilda sofreu um infarto.
Em todo o país, são realizadas atividades de reflexão a respeito da intolerância religiosa. No Distrito Federal, por exemplo, um ato inter-religioso ocorre às cinco da tarde, no Memorial dos Povos Indígenas. Ele é organizado por entidades de diversas crenças. Outros estados anunciaram políticas públicas para marcar a data. No Rio de Janeiro, foi criado, nessa sexta-feira (19), o Conselho Estadual de Defesa e Promoção da Liberdade Religiosa.
Para fazer uma denúncia de intolerância religiosa, a cidadão pode usar o Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos, ou registrar boletim de ocorrência em qualquer delegacia da Polícia Civil da sua região. Algumas cidades, como Brasília, possuem delegacia especializada para atender esses casos.