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Direitos Humanos

Rádio Nacional da Amazônia faz 41 anos; a comunicação pública a serviço da cidadania

Comunicação Pública
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Juliana Cézar Nunes
01/09/2018 - 07:53
Brasília

É pelas ondas do rádio e pelas águas dos rios que gerações de ouvintes se conectam há 41 anos. A Rádio Nacional da Amazônia faz aniversário neste sábado com muita história pra contar. São quatro décadas de prestação de um serviço público essencial. Notícias e informações sobre direitos. Espaço para comunicação entre famílias e comunidades separadas por longas distâncias e pouco acesso às novas tecnologias.

 

Sula Sevillis, apresentadora do programa Ponto de Encontro, fala sobre o papel da rádio na Amazônia de hoje.

 

Sonora: “As pessoas continuam procurando parentes, que não tem notícias há muitos anos. O que mudou realmente foi a forma de participação. Antigamente diziam, olha, o rádio vai morrer, o rádio vai acabar, e aí, o que vai acontecer? A nossa população da Amazônia nunca teve esse medo. A Rádio Nacional da Amazônia sempre esteve presente por meio das ondas curtas, por meio do satélite, a nossa programação vai por meio do satélite e as pessoas podem ouvir pelas antenas parabólicas, na televisão.”

 

A produtora Roberta Timponi trabalha na Rádio Nacional da Amazônia desde 2013 e atua no programa Tarde Nacional. O primeiro da emissora a utilizar o whatsapp para dialogar com os ouvintes.

 

Sonora: “Eles usam muito pra passar recados, pra pedir música, pra mandar beijo, pra fazer denúncias até e a gente encaminha para o pessoal do radiojornalismo apurar. É muito bom ter esse contato mais direto. Ás vezes a gente manda áudio para os ouvintes. Tem essa troca mais rápida. Eles comentam muito os temas da entrevista.”

 

Sonora Mãe: “Oi Raquel, não precisa se preocupar, ouvi seu recado hoje e não precisa se preocupar não.”

 

A agricultora Rosa Helena Nery, de 42 anos, manda e recebe notícias da filha pela Rádio Nacional da Amazônia.

 

Ela vive em uma área rural de São Félix do Xingu, no Pará, e de lá, colada no radinho, acompanha os desafios enfrentados pela filha. Raquel, de 22 anos, faz medicina veterinária em Palmas, no Tocantins. Ela ouve a rádio todos os dias pela internet e envia recados para a mãe pelo whatsapp da emissora.

 

Sonora Raquel: “Eu sempre deixo a minha mãe calma. A distância é muito grande e minha mãe fica muito preocupada porque eu moro aqui sozinha e fica naquela preocupação. E todos os dias eu estou falando que eu tô bem. No máximo eu falo que eu estou com uma gripe, mas sempre motivando ela para demonstrar que eu estou bem.”

 

Sonora Mara: “Palmas para Raquel, muito bem, palmas pra Nacional da Amazônia, que vive agora a plenitude da maturidade. Nós estamos falando da Amazônia. Viva Maria e Viva a Rádio Nacional da Amazônia”

 

Viva, Mara Régia. Obrigada pelo recado. Até o final do ano, esperamos mais boas notícias.

 

A Rádio Nacional da Amazônia, que hoje está no ar pelas ondas curtas 12 horas por dia, fora da faixa de 45 metros, está em fase de aquisição de equipamentos para garantir pelo menos mais 41 anos de comunicação pública a serviço da cidadania.

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