Auditora confirma situação semelhante à escravidão no Maranhão; 22 foram resgatados
Vinte e dois trabalhadores foram resgatados no Maranhão em situação semelhante à escravidão.
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho encontrou 13 trabalhadores explorados para extração de palha de carnaúba na zona rural de São Bernardo.
Depois, mais nove pessoas foram retiradas da construção de uma ponte sob o Rio Iguará, a 26 quilômetros de Vargem Grande.
Em São Bernardo, os trabalhadores viviam em um alojamento sem banheiro. Também não havia água potável, além de problemas relacionados a controle de jornada e segurança.
A coordenadora da ação, auditora fiscal Gislene Stacholski, destaca que as situações vistas no Maranhão se encaixam nas formas típicas de caracterização do trabalho análogo à escravidão.
Na obra da ponte sob o Rio Iguará, os nove trabalhadores não tinham acesso a abrigo e a banheiro.
Os empregadores flagrados foram autuados e vão responder a processo judicial, além de pagar as verbas rescisórias para os trabalhadores.
Na última semana, o Ministério do Trabalho divulgou atualização da chamada Lista Suja do trabalho escravo.
Na relação, aparecem 50 novos nomes de empregadores que não estavam na lista anterior.
Para a auditora fiscal do trabalho Gislane Stacholski, o trabalho escravo não aumentou, mas também não teve redução no país.
Qualquer pessoa pode denunciar a ocorrência de trabalho escravo, procurando as superintendências do Ministério do Trabalho em cada estado, ou mesmo o Ministério Público do Trabalho.