Ministério vai reforçar ações de apoio às famílias de presos mortos em massacre de presídio do Pará
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos vai reforçar as ações de apoio aos familiares dos 62 presos mortos durante e depois do massacre na unidade prisional de Altamira, no Pará. O termo de parceria foi assinado em Belém, nessa quinta-feira (1º), durante reunião entre gestores federais e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Pará.
Serão realizadas ações que envolvem a população de Altamira como um todo, já que o massacre afetou direta e indiretamente centenas de famílias. O objetivo é reforçar as políticas de proteção social para prevenir novas tragédias.
Estão previstas ações para o fortalecimento dos programas de proteção às vítimas, familiares e testemunhas; de cidadania, para garantir documentação básica à população; e inserção de temáticas relacionadas aos direitos humanos nas escolas.
Metade dos corpos dos presos mortos na segunda-feira já foi periciada e liberada para o sepultamento. A outra metade será submetida a exames de DNA.
O massacre ocorreu durante uma briga de facções. O presídio foi incendiado. Dezesseis presos foram decapitados; e os demais morreram asfixiados ou queimados. Quatro detentos foram enforcados depois do massacre, durante transporte em caminhão-cela para Belém.
Além da assistência social, o governo federal enviou ao Pará 40 agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária. Eles vão atuar, principalmente, na capacitação de agentes penitenciários estaduais. Neste sábado, tomam posse, em Belém, 485 agentes convocados após as mortes em Altamira.