Liminar proíbe fechamento de unidade de atendimento a moradores de rua em São Paulo
Noticiamos nessa quarta-feira (8) o fechamento da unidade de atendimento da Prefeitura para moradores de rua e dependentes químicos no bairro da Luz, centro de Sâo Paulo.
Mas no fim da tarde dessa quarta-feira, a Justiça de São Paulo acatou o pedido da defensoria pública, que havia entrado com uma ação civil pública, e proibiu o fechamento através de uma decisão liminar.
No texto da decisão, a juíza Celina Toyoshima afirma que o ATENDE II é o único estabelecimento da região que atende uma população mais vulnerável e que se tivesse sido fechada, como foi o caso, que as atividades fossem retomadas.
Além da Defensoria Pública, o Ministério Público de São Paulo também se manifestou de forma contrária ao fechamento desta unidade.
A prefeitura organizou a saída das pessoas que estavam no Atende II até uma nova unidade a 2 quilômetros dali, no Glicério, com a presença da guarda civil metropolitana e assistentes sociais.
No entanto, a ação causou a dispersão dos moradores de rua e dependentes químicos da região, conforme testemunhou o diretor de teatro Paulo Faria, que faz uma campanha de cestas básicas para ajudar os moradores da região.
Em nota, a prefeitura de São Paulo afirmou que irá recorrer da decisão liminar, e diz também que o novo equipamento no Glicério atende a todos os requisitos de Direitos Humanos e oferece o melhor atendimento e acolhimento no tratamento de saúde de usuários de drogas.