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Direitos Humanos

Ações de solidariedade entram na lista dos serviços essenciais durante pandemia no estado do Rio

Durante a pandemia
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Fabiana Sampaio
01/08/2020 - 12:25
Rio de Janeiro

Ações de solidariedade no estado do Rio entraram na lista de serviços essenciais durante a pandemia do coronavírus. A  determinação está em lei, sancionada  pelo governador Wilson Witzel e publicada no Diário Oficial do Estado. Atividades como distribuição de cestas básicas de alimentos, kits de higiene, água, gás, e outros auxílios à população vulnerável estão protegidas pela norma.

 

De acordo com o texto da nova lei, a Secretaria de Assistência Social deverá ser comunicada do dia e horário das ações dos coletivos comunitários e organizações da sociedade civil, que deverão seguir todos os protocolos de prevenção ao contágio da covid-19.

 

As atividades deverão ocorrer sem aglomerações e os doadores e beneficiários não poderão ser multados por circular nas ruas, caso estejam a caminho do local estabelecido.

 

A deputada estadual Renata Souza, do PSOL, coautora do texto, de autoria original da colega parlamentar Dani Monteiro, do mesmo partido, reafirma a essencialidade dessas ações nesse momento de pandemia, principalmente nas favelas, diante da ausência histórica do estado nesses locais.

 

Segundo a analista de dados da plataforma Fogo Cruzado, Maria Izabel do Couto, desde o início da quarentena no estado, a ocorrência de tiroteios em pelo menos 8 ocasiões, impediram a distribuição de cestas básicas na Região Metropolitana do Rio. De acordo com dados da plataforma, 9 pessoas foram baleadas e cinco morreram.

 

Couto lembra que já houve um avanço  no sentido de proteção dessas ações, com a concessão de  medida cautelar pelo STF suspendendo operações policiais em favelas do Rio, durante a pandemia.

 

Um dos casos registrados pela plataforma é o do corretor de imóveis Leandro Rodrigues da Matta, morto por um tiro  no dia 28 de abril, após entregar uma cesta básica na casa de um amigo com dificuldades, em Cordovil, na zona norte do Rio. Leandro era coordenador e resolveu ajudar os colegas de trabalho que estavam passando por necessidades, devido à baixa nas produções.

 

Em outro episódio, um tiroteio interrompeu a distribuição de cestas básicas feita por voluntários do Gabinete de Crise do Complexo do Alemão, na Favela Galinha. Segundo o Fogo Cruzado, voluntários informaram que a Polícia Militar teria confundido o caminhão que transportava as doações com uma carga roubada.

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