A Operação Acolhida segue em funcionamento no país, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Só em agosto, 1,3 mil venezuelanos participaram do processo de interiorização. Segundo informações do Ministério da Cidadania, a ação beneficiou no período cerca de 42 migrantes e refugiados por dia.
Um balanço da pasta mostra que, desde o início de 2020, mais de 13,9 mil estrangeiros foram contemplados. Os investimentos do governo federal neste ano já somam quase R$ 631 milhões.
E desde que a Operação Acolhida começou, em abril de 2018, até o mês passado, 41.146 venezuelanos tiveram a chance de buscar melhores condições de vida em mais de 608 cidades brasileiras.
Manaus foi a que recebeu mais venezuelanos (cerca de 4,7 mil); seguida por São Paulo (mais de 2,6 mil) e em terceiro lugar, Curitiba (2,5 mil).
O Ministério da Cidadania avalia que os números revelam o sucesso das ações, e que a iniciativa servirá de modelo para outros países.
A Operação Acolhida conta com nove casas de passagem espalhadas pelo país, que são gerenciadas pela sociedade civil. Elas servem de abrigo temporário entre o embarque em Boa Vista (RR), ou Manaus (AM) e o local de destino final.
Conforme o levantamento do Ministério da Cidadania, 58% dos migrantes e refugiados interiorizados buscam reunificação social; 29% pedem abrigo; e 9% desejam reunificação familiar.
Já foram emitidos 89 mil Carteiras de Trabalho, 251 mil CPFs e 38 mil concessões de refúgio.
A Operação Acolhida oferece assistência emergencial aos migrantes e refugiados que entram pela fronteira com Roraima; e é composta por 11 ministérios, com apoio de agências da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil.