Estudar e fazer recomendações sobre reparações por escravidão; proibir o uso de raça, etnia ou nacionalidade para buscar obter condenações ou impor sentenças e eliminar a discriminação na seleção do júri. Novas leis pioneiras foram estabelecidas no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, em 30 de setembro de 2020, com objetivo de reconhecer erros históricos contra pessoas de cor e povos nativos.
A mais destacada delas determinou que pesquisadores da Universidade da Califórnia fizessem um estudo sobre as vantagens econômicas obtidas por proprietários, empresas e seguradoras com a escravidão. A partir desse levantamento, uma força-tarefa deve definir a forma de compensação a ser concedida aos afro-americanos descendentes de pessoas escravizadas.
De acordo com dados disponibilizados no site da Biblioteca do Congresso norte-americano, em 1790 havia cerca de 700 mil pessoas escravizadas no território que deu origem aos Estados Unidos. Quarenta anos depois, em 1830, o número mais que dobrou e chegou a dois milhões.
Por um longo período, o regime de escravidão teve respaldo legal. A partir de 1861, uma guerra civil tomou conta dos Estados Unidos porque alguns setores da sociedade não aceitavam o fim da exploração de seres humanos. O presidente norte-americano Abraham Lincoln decretou a libertação dos escravos - em meio ao conflito armado - em 1863. Pelo menos 186 mil soldados afro-americanos lutaram com o Exército da União: mais de 38 mil morreram em combate e 21 foram agraciados com a Medalha de Honra do Congresso.
Até o fim da Guerra Civil, em 1865, mais de quatro milhões de africanos e seus descendentes foram escravizados no território que deu origem aos Estados Unidos.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: José Maria Pardal
Apresentação: Dilson Santafé