Uma em cada três pessoas atendidas pelo projeto Defensoria em Ação nas Favelas estava sem qualquer assistência para solução de problemas ou mesmo questões judiciais. É o que mostra o balanço do primeiro ano do projeto, desenvolvido pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, e que apontou a necessidade de o poder público e prestadores de serviços prestarem atendimento a esta parcela da população, em seus próprios territórios.
De acordo com o levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 36 por cento das pessoas que buscaram ajuda da Defensoria relataram problemas com serviços de água, luz, telefone e instituições financeiras. Neste primeiro ano do projeto, também foi grande a demanda em áreas do direito relacionadas a questões de violência doméstica, litígios de família e casos criminais.
O ouvidor geral da Defensoria, Guilherme Pimentel, fala da importância de tornar o projeto acessível a essas pessoas.
Desde seu lançamento, o Defensoria em Ação nas Favelas realizou 36 edições, com um total de 875 pessoas atendidas, mais de 35% delas com renda familiar mensal inferior a um salário mínimo.
Além das questões de acesso a serviços a atendimento e serviços, a iniciativa também promoveu educação em direitos. O primeiro passo foi capacitar lideranças comunitárias e integrantes de projetos sociais locais.
Em relação às violações de direitos, os conflitos mais citados foram questões ligadas a pensão alimentícia e guarda de filhos, seguidas de orientação e assistência na esfera criminal.
O Defensoria em Ação é um projeto desenvolvido com colaboração de 15 projetos sociais, coletivos e ações locais em 11 comunidades diferentes do município do Rio, Baixada Fluminense e São Gonçalo.