O Ministério Publico do Estado do Rio de Janeiro entrou com o recurso contra a soltura de Monique Medeiros, acusada da morte do próprio filho Henry Borel, de 04 anos. Ela deixou a prisão na terça-feira, depois que a juíza Elizabeth Machado Louro, da segunda vara criminal, acolheu pedido da defesa, que alegou que a professora vinha sofrendo ameaças e agressões dentro do presídio, no Complexo de Bangu, zona norte da capital fluminense.
Monique teve a prisão preventiva substituída por domiciliar e está usando tornozeleira eletrônica. O endereço em que se encontra é mantido em sigilo e acautelado em cartório. Ela não pode voltar para as residências que usava antes de ser presa.
Monique e o namorado, o ex-vereador Jairo Souza Santos, foram presos há um ano, acusados do assassinato de Henry, no dia 04 de março do ano passado. O menino morreu com sinais de espancamento no apartamento onde o casal morava, na Barra da Tijuca, zona oeste carioca. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado, com recurso que dificultou a defesa da vítima, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.
O julgamento do processo está na fase de instrução e o ex-vereador deve ser ouvido novamente, a pedido da defesa. Tanto Jairo como Monique alegam inocência. Após o novo depoimento, a magistrada deve decidir se mantem o julgamento do caso no Tribunal do Júri.