Complexo do Alemão: número de mortes após operação policial vai a 19
A moradora Solange Mendes, do Complexo de Favelas do Alemão, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, morreu baleada na manhã desta sexta-feira (22), quando caminhava por um beco, próximo à UPP da comunidade Nova Brasília.
A base, segundo nota da Polícia Militar, foi atacada a tiros por criminosos e após os disparos, a mulher foi encontrada ferida e levada pelos pms para o Hospital estadual Getulio Vargas, na Penha, também na zona norte, onde já chegou sem vida.
A nota diz, ainda, que não houve confronto envolvendo os policiais que estavam na unidade.
Um dia depois da operação conjunta das polícias militar e civil do estado no Complexo do Alemão, o policiamento nas comunidades está reforçado, com homens do Batalhão de Choque.
Moradores relatam nas redes sociais que ainda ouvem tiros.
Agora já são 19 os mortos no Complexo do Alemão, vítimas da operação deflagrada nessa quinta-feira para prender criminosos responsáveis por roubos de carga, de veículos e a agências bancárias.
Dentre os mortos, estão o cabo da PM Bruno de Paula Costa e Letícia Marinho Salles, de 50 anos, atingida dentro de um carro em circunstâncias ainda não esclarecidas. Segundo a polícia, os outros 16 mortos são suspeitos de ligações com o crime.
Ao fazer um balanço da operação, o porta-voz da Secretaria de Estado da Polícia Militar, tenente-coronel Ivan Blaz, considerou como absurda a resistência armada dos criminosos, admitindo que em duas horas de confronto, se esgotou toda a carga de munição dos agentes do BOPE, o Batalhão de Operações Especiais.
Blaz acredita que a organização que atua no Alemão esteja mais forte por causa da chegada de criminosos de outros estados.
Sobre os relatos de moradores de abusos e invasões de casas por policiais militares, Blaz disse que todas as denúncias serão apuradas pela corregedoria.
As comissões de Direitos Humanos da OAB e da Defensoria Pública do estado estão dando assistência aos moradores.