Operação resgata 337 pessoas de trabalho análogo à escravidão
Trezentos e trinta e sete trabalhadores que estavam em condições análogas à escravidão foram resgatados desde o dia 4 de julho pela Operação Resgate 2. Cinco eram crianças e adolescentes e 149 desses trabalhadores foram vítimas também de tráfico de pessoas.
A operação realizou 105 ações em 22 estados e no Distrito Federal e continua em andamento. Goiás e Minas Gerais tiveram os maiores números de casos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28), em Brasília, pelo Ministério Público Federal.
Do total, 304 trabalhadores estavam no campo, a maioria atuando com colheita em geral, cultivo de café e criação de bovinos.
Nas cidades, foram 27 trabalhadores resgatados. Um caso de destaque foi o de uma clínica de reabilitação em Minas Gerais, que obrigava 14 pessoas a fazerem e venderem artesanato, como explica o subsecretário de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho, Rômulo Machado.
Seis pessoas foram resgatadas de trabalho doméstico escravo em São Paulo, Pará, Pernambuco, Minas Gerais e duas mulheres na Paraíba, como contou o coordenador de combate ao trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho, Italvar Medina.
Cada uma das vítimas recebeu três parcelas do seguro-desemprego especial para trabalhador resgatado.
Os empregadores foram notificados para acertar as contas e as verbas rescisórias somam até três milhões e 800 mil reais. Eles ainda podem responder a ações administrativas e criminais.