Na pequena sala, basicamente mapas e cronogramas de visitas às comunidades indígenas afixados na parede e uma mesa com equipamento de rádio comunicação. Ali, todos os dias, das 7h às 19h, um operador de rádio fica sentado e se comunica com o povo Yanomami.
Apesar de simples, essa sala no Distrito Sanitário Especial Indígena, o DSEI Yanomami em Boa Vista, é o único canal de comunicação em tempo real com a maioria das comunidades da terra indígena Yanomami, tanto em Roraima quanto no Amazonas.
Áreas em que não há sinal para aparelhos celulares, é por ali que entram as demandas do povo Yanomami tanto em relação à saúde quanto a outras emergências e qualquer outro tipo de necessidade de comunicação.
O contato dos indígenas com o DSEI é feito através de 78 unidades de saúde espalhadas pelas comunidades. É ali, na sala de rádio, que chegam as informações sobre casos graves de saúde que necessitam de remoção para hospitais da capital.
Segundo Junior Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, ele explica que muitas vezes alguém da equipe que fala Yanomami tem que entrar na linha para convencer os pacientes ou parentes dos doentes da necessidade de remoção porque alguns têm medo.
Com as informações em mãos, são acionados recursos logísticos necessários, como as aeronaves e equipes médicas para chegar até aquela comunidade e transferir o paciente para Boa Vista.
A central de rádio também recebe pedidos de medicamentos, denúncias de ameaças de garimpeiros e conflitos. Como a sala não funciona 24h, demandas ocorridas à noite só podem ser resolvidas na manhã seguinte. E segundo Júnior Yanomami, mesmo nos horários de funcionamento da sala, algumas vezes não conseguem estabelecer comunicação com a terra indígena.
A operadora de rádio Yolanda Carvalho conta que muitas comunidades não conseguem se comunicar diretamente com a central por ficarem em território remotos. Nesse caso, é preciso que outras unidades de saúde façam a mediação.
Nove postos de saúde contam também com aparelho de telefone público, do tipo orelhão, mas nem todos estão funcionando, segundo Júnior Yanomami.
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