Lideranças negras entregaram ao consulado espanhol, no Rio de Janeiro, uma solicitação de protocolos para abordar o caso de injúria racial sofrido pelo jogador Vinícius Júnior.
O documento pede que o governo espanhol intervenha junto às autoridades públicas e privadas que trataram com descaso os atos cometidos contra o atleta e que a La Liga apresente as medidas adotadas em relação ao comportamento racista de alguns jogadores e do presidente da Liga.
Além disso, o grupo quer a apuração dos atos racistas contra Vini Júnior e outros jogadores.
O governo espanhol se comprometeu a encaminhar a documentação para a embaixada competente e a realizar um encontro futuro para avaliar os progressos.
O advogado Bruno Cândido, membro da Advocacia Preta Carioca, um coletivo com advogados negros que luta pela afirmação de direitos da população negra no Brasil e no mundo, dá detalhes.
O Ministério do Esporte está trabalhando em uma política para interferir na questão do racismo dentro do esporte, com um grupo interministerial e uma rede de apoio aos atletas que sofrem racismo nas instituições esportivas.
A ideia é adotar essa política desde a base do futebol até o esporte de alto rendimento, como explica o diretor de Defesa dos Direitos do Torcedor, Ronado Tavares.
O jogador de futebol do Real Madrid da Espanha, Vinícius Júnior, foi insultado com gritos racistas e chamado de “macaco” por torcedores do Valencia, clube contra o qual jogava no último domingo, dia 21. Além disso, foi agredido com um mata-leão pelo jogador adversário, Hugo Duro. Ao fim da confusão, Vini Júnior foi o único punido pela arbitragem com a expulsão do jogo.