Mais de 17 mil indígenas yanomami estão em situação de risco no Brasil
Mais de 17 mil indígenas yanomami estão em situação de risco imediato. É o que aponta os primeiros resultados de um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (21).
De acordo com a pesquisa, esse número corresponde a 62% das comunidades indígenas yanomami, que vivem hoje muito próximas, a menos de 5 km, de áreas com floresta alterada por não indígenas. A análise foi feita por meio do cruzamento de dados de diversas fontes, referentes a 366 comunidades indígenas e seu entorno.
Entre as principais ameaças aos yanomamis, de acordo com o estudo, estão o garimpo, queimadas, desmatamento e mineração. Entre os dados alarmantes apresentados estão o aumento de mais de 100 pistas de pouso na região, sendo ao menos 38 delas clandestinas.
A pesquisa também aponta que, dos mais de 25.000 km de extensão de rios que passam pela região, cerca de 2.000 km registram a presença de indígenas morando às suas margens. Mais da metade deles estão potencialmente contaminados, atingindo uma população de cerca de 12 mil indígenas.
